segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ele está com ciúme?

Rê e eu fomos caminhando até minha casa.

- Então quer dizer que você está com anemia, mas não é muito grave?

- É, eu só preciso comer mais.

- E está acompanhando uma dieta por algum nutricionista?

- Exatamente.

- E sobre desmaiar perto da casa do Lucas?

- O que quer saber?

- Por que perto da casa dele?

- Ah, eu precisava falar com ele.

- Hm... Você costuma dormir lá?

- Sim, afinal, ele é meu amigo de infância.

- Claro, claro.

Qual é o rumo que essa conversa está indo? Ele está com ciúme? Porque quer saber tanto sobre Luc e eu?

Chegamos em casa e almoçamos. Claro que fui eu quem preparou o almoço por que senão estaríamos ferrados. Se bem que eu imagino que o Renato saiba cozinhar. Depois fomos para a sala conversar. Eós foi para o shopping e meu pai estava no trabalho como de costume.

- Sobre o teatro... Sabe a peça da Malu? Então, a estreia não vai cair no dia do teu aniversário?

- Vai sim.

- Como assim vai? Por que você não contestou?

- Porque eu não gosto de festas de família e isso me livrou de um fardo.

- Hm...

- Renato?!

- Quê?

- Mudando de assunto... E se a tua vida fosse uma folha de papel e você pudesse desenhar nela qualquer coisa, possíveis e impossíveis, o que faria da tua vida?

Ele deitou no meu colo e fiz cafuné na sua cabeça. Já estava acostumada com carinhos e abraços quando era o Renato quem dava e recebia. Para mim essa coisa de gente carente dando abraço em todo mundo é ridículo. Então quando se trata de qualquer pessoa que não seja o Rê, isso é um tabu na minha vida.

- Ah, eu me faria um cara corajoso e garanhão...

- Haha! Como assim Rê? Você é um fofo que todo mundo ama. Só não fica com as menininhas por que diz que está apaixonado.

- Então, por isso queria ser um conquistador.

- Para poder dizer a ela tudo o que sente sem gaguejar ou algo do tipo? 

- É...

- Mas, você fica nervoso ao lado dela?

- Na verdade não. Sinto uma paz, uma tranquilidade perto dela. Sabe aquela sensação de segurança? Mais ou menos isso. Só sei que se eu tentar falar alguma coisa ficarei nervoso. E tem a pior parte, que tento não pensar, é que com a maior certeza ela não corresponde meus sentimentos e vai ficar tudo estranho entre nós.

Eu entendia aquela sensação de segurança que ele sentia, tinha o mesmo com Lucas.

- Por que não tentar? Tu não queres ter ela ao teu lado sempre? Não quer que ela sinta o mesmo que tu quando está ao seu lado? Não quer faze-la sorrir a todo minuto?


sábado, 13 de julho de 2013

Veio correndo?

Que quinta feira mais chata! Estou morrrendo de sono. Fique até tarde lendo livro, de novo. Droga, hoje o Rê vai lá pra casa. Finalmente estamos na última aula.

O professor mandou arrumar as coisas e arrisquei:

- Caroline?

- Oi? - disse ela, sua voz era calma e suave.

- Para que lado você vai para casa?

- Por baixo.

- Ah, eu vou por cima. Que pena!

- É... - disse Caroline meio assustada com a minha conversa.

Na verdade, eu sabia que ela ia por baixo. Mas eu tinha que começar um assunto, eu nunca dei ao menos um "oi" para ela.

O sinal bateu.

- Até amanhã! - falou ela com um tom de voz abaixo que anteriormente.

- Até!

Desci as escadas e avistei o Lucas que estava admirando algo à minha frente. Como era de se esperar, ele estava encarando a linda e fofa Carol. Como ele não me viu, ignorei e fui em direção a saída. Do outro lado da rua, na frente da escola, estava o Renato me esperando. Ele estava um pouco suado e ofegante e por isso brinquei:

- Veio correndo?

- Literalmente.

- Eu estava brincando! Não era para você se esforçar tanto...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ele ficava fofo com cara de tímido apaixonado


- Como assim? Não! Eu não vou falar nada! - disse Lucas.

- Vai sim. - respondi.

- Ah, eu não vou mesmo.

- Haha, como você é engraçado! Vamos ver então, quem esta com a razão.

- Hunf...

Eu estava decidida a fazer aqueles dois ficarem juntos. Ia ser tão lindo... E também, eu sempre quis ter a chance de conhecer a menina fofa que senta ao meu lado.

Chegamos em minha casa. Fiquei observando ele ir em direção a sua. Ele estava tão fofo com cara de tímido apaixonado. Com toda essa situação, eu acabei me lembrando daquela vez em frente à casa da amante do pai dele.

Atirei-me em minha cama. Sentia-me um pouco desconfortável com essa situação. Logo depois de me beijar tão intensamente ele me diz que está sentindo algo por alguma garota. Afinal, porque eu estou pensando nisso? Olhei para o lado e avistei algumas fotografias em cima de minha escrivaninha. Levantei-me e admirei-as. Nelas estavam como "modelos" Lucas, Eósforos e eu. Eós devia estar procurando alguma foto de quando era pequeno para se mostrar a suas amiguinhas. Em uma delas, Lucas e eu estávamos na piscina brincando de barco. Quando a avistei senti uma nostalgia que envolveu meu corpo todo. Involuntariamente ergui minha mão para perto do meu rosto. Senti seu calor e só então percebi o quanto eu estava quente.
Vesti meu pijama, escovei os dentes e fui deitar sem jantar. De baixo das cobertas me senti mais confortável.

Ah cara, acabei de lembrar que tinha que enviar uma mensagem ao Rê, acalmando-o. Peguei meu celular que estava ao lado da minha cama e escrevi:

"Me desculpe por não te procurar antes. Aconteceram muitas coisas esses dias, mas não é nada demais. O Lucas exagerou. Te explico tudo direitinho na próxima terça."

Foi tempo em vão, apaguei toda a mensagem e resolvi ligar para ele:

- Alô! - atendeu ele, animado.

- Oi Rê...

- Tudo bem?

- É... E com você?

- Estou preocupado.

- Com o quê?

- Contigo. O Lucas me contou tudo o que aconteceu... Na verdade, ele me surpreendeu falando tudo tão de repente.

- É...

Eu não podia mentir para o Renato. Ele é muito próximo à mim.

- Me promete uma coisa?

- O quê?

- Me promete que você vai comer direitinho.

- Prometo.

- Tem alguma coisa te incomodando?

- Como sabe?

- Ah! Mistérios...

- Um dia eu vou descobrir os teus segredos.

- Vai mesmo... Agora diga!

- O que?

- Como assim "o que"? Diga-me o que está te incomodando!

- Esse é o meu segredo...

- Você não pode ficar guardando coisas ruins.

- Na verdade, o segredo não é meu. É o segredo de alguém e ele me deixa desconfortável.

- Ah, ta! Não podia mesmo ser teu segredo já que você é mais invisível que um vidro transparente.

- Fique quieto!

- Amanhã eu vou te buscar na escola, posso?

- É claro que pode, mas não fica ruim ir até lá? Da tempo?

- Dá, tranquilo...

- Ok. Você quer almoçar aqui em casa e passar a tarde?

- Claro!

- Agora tenho que desligar por que eu preciso dormir.

- Sim, eu também. Boa noite Ísis.

- Boa noite.

- Te cuida. - dito isso ele desligou.

domingo, 7 de julho de 2013

Caroline


Hoje Luc resolveu me levar pra casa. Isso era estranho já que o mesmo sempre foi bastante preguiçoso. Deveria ter algo importante a me falar.

- Ísis, tenho algo para te falar. - (viu só?) - Só que é meio estranho da boca pra fora.

A situação em que nos encontrávamos agora era meio desconfortável.

- Desembucha!

Ele hesitou.

- Eu acho que... Estou gostando de alguém.

Eu me espantei. Os meus olhos mostravam exatamente o tamanho do susto que levara e a reação dele me confirmou isso. Ele abaixou a cabeça, envergonhado. Era a primeira vez em todos esses anos que ele me falava algo do tipo. Ele já tinha namorado uma vez. Mas a iniciativa foi toda da garota. E o namoro também, ela foi quem agiu. Somente na hora de terminar foi ele quem deu o ponto final. Ele, na verdade, nunca me falou de garotas. Nem se estivesse afim de uma guria ele iria me falar. Então, esse assunto tão de repente me assustou. Precisava dizer alguma coisa então, pausadamente, falei:

- Ah... Isso é bom! Está pretendendo falar para ela?

- Não, já vi que não vai dar certo.

- E quem é?

- Caroline, da tua classe.

- Hm... Deixe-me lembrar... Não pode ser!

- Sabe quem é?

- A guria que senta ao meu lado. Fofa e tímida. É loira e gosta de usar bandanas como tiara. Seus cabelos são longos e lisos. Usa roupas delicadas, mas nada muito colorido. Tem cílios longos e coloca rímel para vir para a escola. Linda e meiga. Não sabia que gostava desse tipo.

- Nossa! Fez um relatório da aparência dela. Sim, ela mesma. Algum problema com meu gosto?

- Não, mas pensei que gostava mais de patricinhas. Já que as gurias que ficava adoravam um rosa.

- Não tem a ver com aparência. Ela faz inglês comigo e eu a conheci lá. Me apaixonei bem rápido por ela, apesar de não termos nos falado muito. Só conversamos quando precisamos fazer trabalho em grupo.

- Eu vou te fazer um favor!

- Que favor?

- Vou me aproximar dela e saber mais sobre ela. Assim, você pode ter mais segurança quando for dizer a ela o que sente.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lucas e Yuri, sério isso?


- Acorda, caralho!

Acordei lentamente.

- Oi?

- São sete horas da manhã. Temos aula e você não tem material, o que significa que temos que passar na sua casa antes de ir pra aula. 

Ele saiu do quarto em direção da cozinha e me deixou plantada na cama. Ao meu lado avistei minha roupa, aquela qual eu usava ontem. Estava dobrada em cima do criado mudo, seca e cheirosa. Vesti as roupas e sai correndo pra cozinha. Lá, em cima da mesa, havia um café quentinho que o Lucas preparou pra mim. Tomei às pressas. Nós dois acompanhamos a mãe de Lucas, Sônia, até seu carro. Ela iria me levar até em casa e de lá íamos a pé até a escola.

No fim, chegamos sete e quarenta. Como se não fosse normal eu me atrasar. A coordenadora linda nos ignorou. Acho que foi porque o Lucas nunca se atrasa, então ela deu um desconto. Pensando bem, ela não merece ser chamada de linda. 
Separamos-nos e fomos cada um para sua sala.

- Qual é a desculpa dessa vez? - disse Caroline, a professora de química. 

- Como assim dessa vez? - retruquei

A sala toda, agora, prestava atenção em mim.

- Já te ignorei tantas vezes quando chegou atrasada, que perdi a conta.

- Me desculpe? 

- Ah! Vá se sentar.

Ouvi risadinhas por todos os cantos. Como eu odeio todo mundo daquela sala nem procurei os donos das vozes. Ao me sentar, havia um bilhete em cima da minha mesa. O autor era o Yuri e estava escrito assim:
"Oi. Porque não veio ontem? Foi pelo o que aconteceu segunda e tu não quis mencionar ou pelo o que aconteceu na minha casa?"
Respondi:
"Nem um, nem outro. Eu desmaiei e houve muitas coisas depois disso. A propósito, o senhor está muito elegante hoje. haha"
Ele estava de jeans, moletom e All Star. Em outras palavras, lindo.

Passou química, veio história, depois um período de literatura e finalmente chegou o recreio. Saí da sala quase que correndo, como sempre, mas dessa vez alguém veio atrás de mim. 

- Como assim desmaiou?

- Ah, nada.

- Não é nada. Me explica. Pelo ou menos isso.

- Ta... Eu desmaiei quando saía da tua casa.

- Eu sabia que deveria ter ido junto! Eu sou o culpado por tudo então. - falou desesperado.

- Te acalma, não é nada...

- Ah... Não vem com essas. E o que causou o desmaio? Porque imagino eu, que você foi no médico, ou não?

- Fui ao médico, eu tenho anemia.

- O que? - falou ele, um pouco alto demais.

Nesse momento tínhamos descido as escadas e o Lucas estava à minha espera. Pareceu um pouco surpreso ao me ver descer com alguém mas não demonstrou ciúmes e continuou me esperando.

- Oi! - falou Yuri animado e me pareceu esquecido do que estávamos falando.

- Oi. - respondeu Lucas com um tom monótono de quem está com sono.

- Meu nome é Yuri, eu sou amigo da Ísis.

- É? Hm... Meu nome é Lucas e eu sou amigo dela desde a infância.

- Legal! - Yuri exibia uma aura muito simpática e sociável.

Ver aqueles dois conversando durante o recreio foi realmente estranho. Sem contar a parte de que eu fiquei totalmente deixada de lado.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vi uma super camiseta e um short pequenino


Bem, já era de se imaginar que o pai do Lucas ia sumir algum dia, mas foi meio vazio. Não houve um porque, não houve explicação alguma. Brigaram por qualquer motivo e ele se foi. Deve ser triste. Eu não sei, quando meus pais se separaram eu era uma bebê chorona, por isso eu não posso dizer qual foi o sentimento. E ele aí, me hospedando quando dei uma de menina mimada, deixando a vergonha de lado pra cuidar da minha doença. Sei lá hein, acho que não retribuo nem metade do que ele faz por mim. Agora que eu to refletindo, nem lembrei que hoje de manhã tinha aula. Se bem que, acho que o Lucas também não foi. Meu pai deve ter passado por aqui umas 9 horas e o Lucas estava falando comigo no momento. Nossa! eu só sou um peso pra todo mundo. Bom que só existem três pessoas nesse meu mundo. Não, pera, tem o Rê e o Yuri que estão entrando na minha vida também. Puts, lá vem merda.

Terminei meu banho, botei minha toalha e gritei pro Lucas:

- Luuuucas, o que eu faço agora?

- A roupa ta no quarto. Se vista e vem jantar. - gritou ele, vindo da cozinha.

 Entrei e vi uma super camiseta e um short pequenino. Precisei rir. O que era aquilo? Enfim, pelo ou menos me serviu. Cheguei à cozinha e o Luc parou o que estava fazendo e me olhou de cima a baixo. Ele riu e disse:

- Não imaginei que ia botar mesmo...

- Como assim? Está louco é? Eu não ia ficar de toalha.

- Ta bom, agora vai lá e bota um moletom meu. - falou ele, rindo.

Fui contra minha vontade até seu quarto. Felizmente eu amava seus moletons, ficavam grandes e tinha cheiro de Lucas. Aquele guri podia ser inútil, mas tinha o perfume.

Parei para refletir de novo e reparei que tinha teatro e eu não fui. EU NÃO ACREDITO! Cara, eu não posso faltar teatro, sendo que mês que vem tem peça para apresentar. 

Corri em direção ao Lucas enquanto falava:

- Lucas, que horas são?

- Onze e meia, por quê?

- Que merda!

- Que foi guria?

- Não fui à aula de teatro!

- Ah, falando nisso... Nem teve teatro hoje.

- Sério? Que alívio.

- Aham, o professor acabou trancado no trânsito por causa da chuva.

- Ai, que sorte que eu tenho. Nem estou acreditando no que tu ta falando.

- Mas é verdade. Ah! Tem outra coisa. Hoje o Renato ligou para o seu celular, que você esqueceu aqui ontem.

- Nem tinha percebido. O que ele falou?

- Ele queria saber o que houve contigo.

- Ah, e tu falou o que?

- Expliquei tudo. Falei que você desmaiou e ficou aqui ontem. E falei que hoje seu pai a levou ao hospital e que tu estava com anemia.

- Por que falou isso?

- Ué, porque ele é seu amigo e merece explicações.

- Tu explicou demais Lucas. Não sabe que tem coisas que a gente conta para algumas pessoas e outras não?

- Af, deixa de manha guria.

- Agora vou ter que acalmar o guri.

- Ta, pode acalmá-lo depois, agora vem comer.

- O que vamos comer?

- Um prato especial da casa: miojo.

- Ta zoando com a minha cara né?

- Não.

- Vai tomar jeito guri!

Fui obrigada a comer.

A mãe do Lucas chegou em casa. 
Mentimos que eu tinha combinado com o Lucas de vir dormir aqui hoje e ela acreditou. Falamos também que eu tinha esquecido minha camisola e ela deu algum pijama seu. Seu humor estava pra baixo, ela exibia uma aura triste, mas mesmo assim foi simpática e prestativa como sempre.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

A casa do Luc estava um pouco diferente


- E agora o que vamos fazer? - disse Lucas.

- Sinceramente? Não sei mesmo, sai de casa sem pensar.

- Como assim?

- Ah é, você não sabe né? - havia me esquecido de que ele ainda não lia mentes.

- Não sei o que?

- Briguei com meu pai e sai de casa sem dar explicações.

- Você é uma idiota garota!

- Ah, cala boca que você também é.

Rimos juntos da nossa própria cara e fomos em direção a casa do Lucas nos secar.

Ele me ofereceu uma toalha e nos secamos enquanto eu olhava atentamente aos detalhes da sua casa. Alguma coisa tinha mudado ali desde a última vez que eu tinha vindo.

- Ah, você percebeu que algumas coisas sumiram? - disse ele, interrompendo meus pensamentos.

- Sim, o que houve com elas?

- Meu pai. - agora ele tinha uma expressão triste no rosto, mas tentava não demonstrar.

Ficamos em silêncio por um tempo, olhando em volta. Eu já sabia o que ele estava para dizer.

- Minha mãe e ele brigaram. Até que foi uma discussão de casal bem normal, mas meu pai aproveitou para zarpar daqui levando os seus pertences favoritos. Como tudo aconteceu tão rápido e junto de outros acontecimentos importantes não deu tempo de ficar triste, muito menos de te contar.

- E como está o Ruan?

- Pelo o que você já deve ter percebido, a casa está "vazia". - ele fez um gesto simbolizando aspas com a mão enquanto falava a palavra 'vazia' - Ele está trancado no quarto desde a briga e só sai para comer. Claro que ele come somente quando nós não estamos circulando.

- E como você sabe que ele sai para comer?

- Já ouvi seus passos durante a noite quando estou no meu quarto e algumas coisas somem da geladeira.

- Ah...

O silêncio toma conta novamente.

- E agora, o que vai fazer?

- Posso ficar aqui?

- Olha... Poder pode. Mas vai precisar tomar banho e de uma roupa seca.

- Sua mãe, linda e maravilhosa, não pode me emprestar uma?

- É, acho que sim. As roupas dela devem servir em ti. Por agora, vá tomar uma ducha que eu vou emprestar algo meu que você possa usar até que a minha mãe chegue.

- Nada teu vai caber em mim.

- Vai sim... E além do mais, tu precisa tomar banho para não pegar gripe.

Ele foi me empurrando até o banheiro, pegou uma toalha e me alcançou. Saiu e fechou a porta. Por um momento eu fiquei parada tentando digerir os acontecimentos recentes. Então tirei minhas roupas e entrei no banho.